Juízo temerário

 


Quando não sabemos o que dizer o melhor é ficarmos calados 

Elifaz amigo de Jó vai visitá-lo, e ao ver a situação, deduziu que este estava em pecado: "Seria, porventura, o mortal justo diante de Deus? Seria, acaso, o homem puro diante do seu Criador?" (Jó 4:17). De uma maneira genérica não há um justo se quer, de fato a bíblia deixa claro que todos somos pecadores, mas, não quer dizer que todos vivem entregues a prática do pecado. No caso de Jó, o próprio Deus dá testemunho dele: "… Observaste o meu servo Jó? Porque ninguém há na terra semelhante a ele, homem íntegro e reto, temente a Deus e que se desvia do mal." (Jó 1:8). Não é que Jó fosse perfeito, mas buscava viver exatamente como o Senhor o descreve.

Como pecadores, temos a tendência de julgarmos as pessoas pelas situações que estão passando. Pois, as lutas vividas por Jó não eram resultados de uma vida de pecado, mas, mesmo assim foi acusado: "Lembra-te: acaso, já pereceu algum inocente? E onde foram os retos destruídos? Segundo eu tenho visto, os que lavram a iniqüidade e semeiam o mal, isso mesmo eles segam." (Jó 4:7-8).

Jó foi mal interpretado, como muitas vezes somos e fazemos com aqueles que estão em nossa volta. Quando alguém está mal em alguma situação logo se diz: “Também leva a vida dessa forma”, “Está passando por isso porque está em pecado”. Julgar não é a atitude mais sábia que nós temos, pois, muitas vezes julgamos pela aparência sem conhecer toda a situação e as intenções do coração.

Portanto, se não soubermos o que dizer a quem está passando por adversidade, o melhor é ficarmos calados, evitando julgamentos temerários: "Não julgueis segundo a aparência, e sim pela reta justiça." (Jo 7:24).

Deus te abençoe!

Igreja Kerigma de Canhotinho-PE, 19 de outubro de 23.