Não tire conclusão da dor de terceiros

 


Quando já não bastava a crítica sobre Jó, agora também houve crítica sobre os filhos dele.

Bildade foi mais um dos amigos de Jó que emitiu sua opinião sem conhecimento de causa, pois, acusou os filhos de Jó de terem cometido pecados: "Certamente seus filhos pecaram contra ele e, por isso, receberam o castigo devido." (Jó 8:4).

Quando alguém nos fere verbalmente suportamos, mas, quando alguém fere os da nossa casa sem conhecimento dos fatos isso nos machuca. Na situação de Jó, a acusação a seus filhos com certeza o machucou. Pois, quando lemos o capítulo um, vemos Jó cuidando da espiritualidade de seus filhos: "... chamava Jó a seus filhos e os santificava; levantava-se de madrugada e oferecia holocaustos segundo o número de todos eles, pois dizia: Talvez tenham pecado os meus filhos e blasfemado contra Deus em seu coração. Assim o fazia Jó continuamente." (Jó 1:5). Logo, o fato de seus filhos terem morrido de maneira trágica, não servia como prova que estes viviam em pecado.

Bildade, deveria consolar, mas, suas palavras, trouxeram mais pesar, pois, em vez de trazer uma palavra de refrigério, colocou o dedo na ferida, causando mais dor. Assim, precisamos ter cuidado quando nos depararmos com as situações de terceiros, em vez de procurarmos motivos para justificar a situação, devemos ser um ombro amigo, uma mão estendida e consolo para quem está em aflição: "Alegrai-vos com os que se alegram e chorai com os que choram." (Rm 12:15).

Jesus ao ver o sofrimento das pessoas, não procurava o motivo do choro, simplesmente se compadecia:

"Jesus, vendo-a chorar, e bem assim os judeus que a acompanhavam, agitou-se no espírito e comoveu-se." (Jo 11:33).

"Como se aproximasse da porta da cidade, eis que saía o enterro do filho único de uma viúva; e grande multidão da cidade ia com ela. Vendo-a, o Senhor se compadeceu dela e lhe disse: Não chores!" (Lc 7:12-13).

Portanto, ao vermos os sofrimentos alheios, sejamos parecidos com Jesus e ajamos como Ele.

Deus te abençoe!

Igreja Kerigma de Canhotinho, 24 de outubro de 2023.